Sobre acreditar em si mesma (síndrome da impostora).

Eu sempre tive dificuldade em acreditar que era digna de êxito. Me martirizava com questões do tipo “eu acho que não vou conseguir”, “talvez eu não seja boa o suficiente”. Me sentia menos qualificada do que todos ao meu redor sem uma razão ou motivo aparente.

A partir de minha busca por entendimento aprendi que essa sensação de fraude é extremamente comum e acomete principalmente as mulheres (isso não significa que não afete também os homens), e que carrega no DNA questões culturais e sociais que se somam a outros fatores.

A partir dali eu soube que não estava sozinha. Que esse sentimento é bastante corriqueiro e atende pela alcunha de “Síndrome do Impostor”.

A expressão, também conhecida por fenômeno do impostor ou síndrome da fraude, foi usada a 1ª vez pela psicóloga Drª. Pauline Rose Clance, no final da década de 1970, conhecida como a autora de “O fenômeno do impostor: superando o medo que assombra seu sucesso”. Ela se referia ao fenômeno pelo qual pessoas capacitadas sofrem de um sentimento de negação recorrente, ao qual NÃO acreditam serem merecedoras do sucesso alcançado.

É um fenômeno que pode ser flutuante e faz com que as pessoas acreditem que o seu sucesso e a sua competência são oriundos de sorte, divino, acaso, por que alguém indicou, estava no lugar certo na hora certa, e nunca da sua própria capacidade.

Ao longo do tempo eu convivi com esse sentimento de que não era boa o bastante. Não conseguia receber um elogio pelo trabalho desempenhado e aceitar, me sentir merecedora, imediatamente já ia mudando de assunto como uma fuga menosprezando o meu êxito.

Hoje, confesso, graças a muito esforço, acredito mais em mim. Cometo alguns deslizes simmmmm, óbvio, mas fico atenta para não me auto sabotar. Entendi que tudo bem ficar nervosa, tremer na base diante do novo, que é inclusive saudável, desde que não me paralise.

Uma grande amiga e incentivadora, que me ajudou muito nesse processo, sempre me dizia: — Tá com medo? Vai com medo mesmo!

O segredo é ACREDITAR, buscar autoconhecimento e se permitir.

Se você se reconheceu em alguns dos parágrafos acima, você não está sozinha, há muitas formas de superar esta crença de impostora e eliminar esses sentimentos de que você não está à altura de suas conquistas.

Um dos antídotos para essa síndrome, se não o principal, é o AUTOCONHECIMENTO.

Valorize seus méritos, respeite suas derrotas e acredite em si mesma!